terça-feira, 8 de novembro de 2022

TCC - Jean Haubrich - Escola de Cura

 Mais um TCC de finalização do Curso de Cura da CECRIN Escola. Desta vez é do Jean Haubrich que autorizou a postagem.


CECRIN- COMUNIDADE EVANGÉLICA CRISTO EM NÓS 

CURSO DE CURA - 2022 

ALUNO: JEAN MOREIRA HAUBRICH 

LIVRO: PASTOREAMENTO INTELIGENTE - COTY


INTRODUÇÃO - O curso de cura, nos traz uma nova visão sobre a cura, libertação e salvação, e neste livro, nos foi apresentado muitas maneiras corretas para aprendermos a conviver com tais problemas em nossas vidas e dentro uma sala de cura. 

Para fazer este trabalho de conclusão de curso, optei por fazer um resumos dos capítulos lidos durante todo o processo do curso, que nos foi ministrado através da vida de nossa querida Pastora Mariza Pizzi. No texto introdutório, Coty, começa nos falando sobre o pior tipo de perseguição espiritual que a Igreja poderia sofrer, que é a permissividade moral, que junto com o avanço da tecnologia tem sido criado em uma cultura globalizada cada vez mais contra os princípios cristãos, afetando diretamente a estrutura da família, saúde e da Igreja. A real situação da igreja é sempre um reflexo do que vem acontecendo na família. 

A igreja é um corpo e precisa ter cuidado para não prejudicar os anti-corpos que a mantém em pé. Pela primeira vez a instituição familiar está desaparecendo, e as consequências são imprevisíveis. O autor deixa bem claro sobre perseguições espirituais que a igreja vem enfrentando que afeta diretamente a configuração da família e a saúde da igreja que tem como exemplos: a discriminação do adultério e a famosa cultura do divórcio sem culpa; cultura do não-casamento: "Juntado na fé, casado é"; a epidemia de adolescentes grávidas e pais precoce; a indústria do aborto; o aumento de exponenciais das desordens psicoemocionais; elevação dos índices de abusos e violências; e a ditadura homossexual. Creio ser importante colocar que o autor nos apresenta aspectos comuns sobre a queda e destruição de importantes impérios: a relativação moral como a banalização do pecado e a legalidade da iniquidade (injustiça); perversão e animalização do sexo; perda dos vínculos familiares; a explicitação do ocultismo. E o importante papel da igreja nessa situação toda é "apagar o incêndio", precisamos ajustar aos desafios colocados na arena para não perder os frutos. Precisa não apenas haver uma transformação, mas também uma transfundação. 

Ainda nesse primeiro capítulo de introdução, o autor apresenta 1 a diferença entre "Expulsão de demônios X Libertação", precisamos ter discernimentos básicos para identificar os tais, e ele intensifica com exemplos e explicações bem simples e óbvias. Ele nos ensina fala também sobre o "Desmistificando a maldição" com vários conceitos importantes: a origem da palavra maldição, que é bíblica; contexto da palavra maldição; o princípio da palavra maldição; a essência da maldição na desconexão geracional. 

Novo Nascimento X Conversão

Novo nascimento é uma graça que o Senhor nos dá: a Salvação gratuita. Conversão é o processo de regeneração da alma, deixar velhos hábitos, abrir mão de coisas erradas, preço que se paga. "A salvação é grátis, mas tornar-se um discípulo lhe custará tudo." Precisamos nos tornar imagem e semelhança de Cristo. O autor descreve três aspectos da restauração: regeneração: é o processo de sermos gerados de novo, por um novo Espírito e novos valores. Libertação: é processo que se resume em um aconselhamento específico, onde se aplica de forma inteligente o conhecimento e o poder do sacríficio de Jesus Cristo. Reeducação: visa construir um caráter de obediência em áreas que tínhamos uma história de pecados e derrotas. "Precisamos aprender a reaprender e a aprender e aprender sempre."

CAPÍTULO 01: ACONSELHAMENTO E LIBERTAÇÃO

Aqui neste capítulo nos é apresentada os meios corretos de usar o aconselhamento e trabalhar a libertação. Todos nós temos uma experiência e um caráter formado, apesar disso temos um histórico e isso pode não determinar nosso caráter totalmente, podemos ter "vestígios" que possam ser uma sujeira para ser limpada através do aconselhamento e a libertação e pode ser de uma passado familiar, geracional ou territorial, nossas bagagens histórica tem um grande poder sobre nossas vidas espirituais. Nossas histórias podem ser uma legítima carga de intercessão que não devem ser tratadas só por cima, mais sim com profundidade. Para sermos curadas de nossas feridas, precisamos passar por todos os processos da libertação.

 O aconselhamento requer tempo de qualidade, para isso, precisamos deixar que leve o tempo necessário que for permitido pela vida que está passando pela sala de cura. Não podemos influenciar, mais podemos dar direcionamento para que a pessoa enxergue o problema real. O aconselhamento é algo para ser feito com educação e cuidado para que não acabe se tornando um "show demoníaco". O aconselhamento é fundamental no processo de criar uma interação agradável com a pessoa que precisa de ajuda. Todos nós temos nossos comportamentos e dependendo dele pode-se ter um reflexo de influências espirituais que nos acompanham. O aconselhamento e a libertação andam juntos para que a restauração possa ser concluída com sucesso

O autor nos fala também sobre aconselhamento e a lei da responsabilidade: "Não importa tanto o que fizeram conosco, o que realmente importa é o que estamos fazendo com aquilo que fizeram conosco." Uauu! Nossas experiências é para nosso crescimento e do mesmo modo que fui curada, vou usá-la para curar também. Somos agentes de cura! "Nossas escolhas constroem hábitos que definem o nosso caráter e determinam o nosso destino." O que temos escolhido para mudar nosso percurso espiritual e modo de viver? "Não existe liberdade sem responsabilidade." Quando estamos em Cristo temos a liberdade e precisamos ter a responsabilidade de passar e trabalhar corretamente o que o Senhor nos ensinou e nos deu como experiência para ajudar o próximo. A verdadeira liberdade está associada à responsabilidade. Libertação que enfatiza a lei da herança: Neste tópico o autor citou: "Nosso maior problema em batalha espiritual não é a presença dos demônios, mas a ausência de Deus." Que forte! Precisamos chamar Deus para nossa vida para que Ele nos fortaleça sempre. Com Cristo somos mais fortes! "Os demônios desempenham uma tarefa de acordo com a natureza da brecha que foi aberta." É necessário que se fechem essas brechas para que sejamos libertas, curadas e principalmente salvas e também vivamos uma vida de liberdade com responsabilidade.

O autor nos coloca princípios básicos para o processo de cura interior: Revelação/ Confrontação: Pessoas enfermas na alma precisam ser confrontadas na sua memória; confição da culpa e da vergonha: Esta é a maneira bíblica de quebrar o poder de um trauma, perdoar incondicionalmente injustiças e rejeições sofridas; assumir a responsabilidade pelas escolhas erradas que foram feitas em função desses traumas; reconciliar-se com essas pessoas que provocaram o trauma; confessar intercessoriamente os pecados e injustiças com os quais as pessoas nos feriram. Finalizando este capítulo, gostaria de destacar a frase: "A responsabilidade pessoal está acima das heranças espirituais." Não podemos fazer do pecado dos nossos pais e ante- passados uma desculpa para a nossa irresponsabilidade moral. 

CAPÍTULO 2: SITUAÇÕES QUE INVIABILIZAM UMA LIBERTAÇÃO

Neste capítulo nos mostra as situações que impedem uma libertação, tem que ser muito bem avaliadas para um processo de regeneração. Os sintomas de uma pessoa nascida de novo inclui sensibilidade ao pecado, apetite espiritual, desejo de testemunhar a fé e é aberta à comunhão. Tudo tem um tempo certo para acontecer, uma libertação precoce pode causar mais mal do que bem, quando ela não é correspondida faz com que a pessoa fique pior que antes. É necessário criar uma proteção espiritual na vida da pessoa para que sirva como base para uma libertação saudável. Coty cita algumas situações que impedem uma pessoa não receber o processo de aconselhamento: pessoas não crentes, pessoas recém-convertidas ao Evangelho, pessoas descomprometidas com o Evangelho, pessoas que não são batizadas, pessoas que não congregam, pessoas que se recusam a perdoar de coração alguém, pessoas amasiadas ou que namoram em julgo desigual. 

O autor explica o diagrama do padrão de aconselhamento na libertação. Toda doença tem três situações básicas: sintomas, causas e tratamento. O sintoma é o mecanismo de alerta que indica a existência de alguma desordem no organismo. A causa é a disfunção em si, a verdadeira origem do problema, que precisa ser descoberta e atacada. O tratamento é o remédio, a terapia que stá associada a uma solução específica que precisa ser inserido corretamente." O motivo para insistir muito no perdão é que, estando libertas da mágoa, as pessoas se tornam livres para receber a benção de Deus em suas vidas!

CAPÍTULO 3: SINTOMAS DE MALDIÇÃO

É necessário reconhecer um sintoma real de maldição para uma libertação. Numa libertação não podemos ignorar os sintomas importantes e nem ficar procurando o que não se existe. Nunca insista em uma libertação se não houver um sintoma claro e real. Ler os sintomas é o ponto de partida para o libertador chegar às raízes verdadeiras do problema.

Os maiores inimigos no campo de batalha espiritual são os extremos que procedem de um entendimento pequeno, o autor cita dois exemplos de extremos básicos: espiritualizar o natural: Pessoas ainda novas na fé ou emocional mente imaturas tendem a supervalorizar as manifestações demoníacas. Naturalizar o espiritual: Decepções com o misticismo e também com a manipulação espiritual de outras pessoas podem produzir um ceticismo crônico.

O autor cita vários sintomas comuns da existência de maldições: Sintoma 1: Dom ministerial contaminado: Quando a pessoa está "servindo a Deus" com dons espíritas. Sintoma 2: Enfermidades repetidas ou crônicas sem diagnósticos médico claro. Sintoma 3: Esterilidade crônica- denuncia desordem, rebelião e morte espiritual. Sintoma 4: Quadros de desintegração familiar. O inimigo se resume em desintegrar a família. Sintoma 5: Insuficiência econômica contínua, principalmente quando as entradas parecem ser suficientes. Sintoma 6: Situação crônica de perdas repentinas, acidentes e cirurgias frequentes. Sintoma 7: Fracasso crônico associado à história de suicídios na família. Sintoma 8: Ira incontida associada à história de homícídios e crimes na família. Sintoma 9: Insanidade e colapsos mentais crônicos ou cíclicos. Sintoma 10: Períodos da memória da infância apagados e tendência ao surto. Sintoma 11: Transferência familiar de comportamentos e vícios. Sintoma 12: Quadro familiar crônico de mortes prematuras, viuvez e perda de filhos. Sintoma 13: Cadeias pecaminosas de caráter hereditário: prostituição, divórcio, vício, roubo, filhos bastardos, etc. Sintoma 14: Problemas anormais e desvios na área sexual.  

Dentro deste sintoma o autor aborda vários dúvidas sobre casamento e sexo na Bíblia, explicando muito bem cada tema. O autor aborda também sintomas que não se manifesta e exibem uma perseguição espiritual de caráter sexual: Sintomas A: Tendência à homossexualidade B: Desejo sexual desordenado C: Feitiçaria sexual. D: Sexolatria, pornografia e masturbação E: Sonhos eróticos constantes e relações sexuais espíritas F: Pedofilia G: Exibicionismo.

CAPÍTULO 4: PROCESSO DO MAPEAMENTO

Aqui, passamos pelo processo do mapeamento, que é a mira do processo de aconselhamento e libertação, através dele vamos compreender a real natureza e causa do problema. Através da confissão inteligente, a revelação de Deus se torna uma dinâmica. O Senhor está sempre falando sobre a igreja com estratégias e discernimentos novos e amigos que nos permitem estar sempre um passo à frente do inimigo. No mapeamento, há duas rotas muito importante: a entrevista e a pesquisa são indispensáveis na condução do processo, a investigação é importante para a libertação. Os demônios farão tudo para que revelações não venham ser identificadas. Enquanto as verdadeiras causas de maldição são ignoradas, a perseguição espiritual permanece. A segunda rota é a revelação que é dependência total de Deus. A revelação é mais importante que a informação, ela é o passo que vai além da informação e produz um entendimento completo do quadro. A revelação libera uma intervenção sobrenatural de Deus que define a questão. A revelação é fruto de disciplinarmos a nossa alma a uma dependência constante do Espírito Santo, reconhecendo que a glória é de Deus. Adoração gera revelação e revelação produz adoração. 

Passamos por princípios bíblicos importantes no processo de mapeamento, nos explica como deve ser o perfil de um mapeador que é : maturidade sacerdotal, comissionamento Espiritual, unidade, parceria e concordância, respaldo e cobertura; prudência, perícia e destreza, poder de mobilidade e observação espiritual, identificar a natureza externa da fortaleza, penetrar na fortaleza, identificar a natureza interna da fortaleza e saquear a fortaleza. Também contém um extenso estudo para ter um bom mapeamento para começar um grande trabalho de libertação. 

CAPÍTULO 5: CAUSAS DE MALDIÇÃO 

Neste capítulo, fala sobre os longos caminhos que pode nos levar até nosso maior inimigo, que somos nós mesmos! As causas de maldição, na verdade, são humanas, o próprio Deus trata com a rebelião humana. A nossa responsabilidade não está acima da nossa filiação. 

Segue uma lista dessas causas: 

1) Iniquidade dos pais: herança familiar.  - 2) Quebra de alianças: adultério e divórcio. - 3) Idolatria. - 4) Rebelião e desonra contra os pais. - 5) Pecado encoberto. - 6) Falta de perdão e amargura. - 7) Palavras ou pragas proferidas por pais e autoridades. - 8) Julgo desigual.  - 9) Envolvimento com o ocultismo. - 10) Necromancia na linhagem. - 11) Tentativas de suícídio e história de suícídios na linhagem. - 12) Homicídio e história de assassinato na linhagem. - 13) Aborto e história de abortos na linhagem. - 14) Furtos e roubos. - 15) Perversão sexual

CAPÍTULO 6: PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO

Aqui descobrimos que existe um caminho para uma vida comprometida com o sacrifício de Cristo. A cruz é uma fato histórico independente das nossas escolhas. Jesus morreu para nos justificar e restaurar a nossa comunhão como Pai. 

A crucificação é a escolha intencional de nos sujeitarmos aos princípios propostos por Jesus na sua morte. A cruz de Cristo é a resposta de Deus para a queda humana, enquanto a crucificação é a resposta humana que damos à resposta de Deus, validando tudo o que Jesus fez por nós. Ter o direito à salvação não significa ter a salvação. O fato de Jesus 6 ter morrido na cruz em nosso lugar não torna todas as pessoas salvas. Existe uma distância entre ter o direito a uma vida livre e realmente experimentá-la. Esta é a mesma distância entre a cruz e a crucificação. A cruz de Cristo só é validado quando temos a disposição voluntária de interagirmos com os princípios de vida propostos na crucificação. Precisamos ter transparência, uma vida purificada significa que a pessoa está não apenas perdoada, como também livre de toda e qualquer contaminação, saudável, sujeita à prosperidade. Uma pessoa pode ter sido perdoada e ainda não purificada desses mesmos pecados. Para o perdão dos pecados, basta apenas um sincero arrependimento. Para a purificação, é necessário mais que isso. O arrependimento lida com a culpa do pecado. Transparência e reconciliação dissolvem as consequências humanas e espirituais do mesmo. Emudece a voz do acusador. Para lidar com a ignorância precisamos da revelação de Deus. Para lidar com a cegueira precisamos de amar a correção, permitindo que outros nos ajudem a enxergar o que não conseguimos perceber. Para lidar com as estruturas da vergonha, culpa e pecados ocultos precisamos do quebrantamento da confissão. 

Exemplos de princípios redentivos implícitos no sacrifício de Jesus como: 1) Humilhação: é o processo de renunciar a reputação com o objetivo de tratar os pecados, feridas, injustiças, entre outras. 2) Confissão: é o processo de expor a Deus, expondo também a outras pessoas que se fizeram necessárias no pecado, culpa de alguma maneira. 3) Arrependimento: não é a convicção de pecado. Essa convicção faz parte do processo de arrependimento, que também não é a confissão que é apenas um passo importante na direção do arrependimento. 4) Perdão: sem perdoar não podemos ser perdoados, esse é o processo de enfrentar nossas feridas e ressentimentos. Perdão é um mandamento. 5) Renúncia: é um repúdio público em relação a todos envolvimentos e comprometimentos com o reino das trevas inspirados pela autoridade do sacrifício e do nome de Jesus. 6) Restituição: é o processo de retratar, devolver e restaurar aquilo que foi danificado, retirado ou quebrado na vida de outras pessoas. 7) Reconciliação: é o processo de desfazer as barreiras pessoais, geracionais, raciais ou territoriais. 8) Disciplina e obediência: é inspirada por Deus e é restauradora. O coração da obediência é a disciplina baseada no temor de Deus. 9) Descanso: é redentivo e consolida a conquista alcançada. O descanso vem como resultado de uma 7 rendição verdadeira e da confiança completa na graça de Deus. 10) Intercessão: é o processo sacerdotal de representar uma outra pessoa inspirado pela compaixão de Deus. Na intercessão possuem 4 níveis de brechas que o intercessor deve se colocar: 1) Entre Deus e a pessoa: levar Deus à pessoa e levar a pessoa até Deus. 2) Entre satanás e a pessoa: pode-se colocar entre uma pessoa e um ataque demoníaco, escudando-a. 3) Entre o pecado e a pessoa: quando alguém se identifica com uma pessoa a nível de confessar os seus pecados. 4) Entre alguma circunstância e a pessoa: Deus nos mostra algo dessa natureza é porque Ele não quer que isso venha a acontecer.

CAPÍTULO 7: A CRUZ DE CRISTO

Neste capítulo temos um estudo sobre a cruz de Cristo. A cruz é o aspecto central de onde emanam os princípios para a redenção humana. Qualquer solução espiritual viável está de alguma forma relacionada à essência do sacrifício de Cristo:

*Os pecados precisam do perdão da cruz. *As feridas precisam da restauração da cruz. *As maldições precisam da libertação da cruz. *As enfermidades precisam da cura da cruz. *As crenças irracionais precisam do conhecimento da cruz.

A cruz não é o sofrimento ou o desconforto que outros nos causam, mas reside na responsabilidade de negarmos a nós mesmos a favor de uma vida reconciliada com a vontade de Deus. A essência da cruz não são as injustiças e dificuldades que sofremos na vida, mas, acima de tudo, como reagimos diante delas. Esse é o principal ponto para a cura e desenvolvimento da alma humana. A cruz de Cristo também traduz o único mecanismo viável de redenção e resgate. Significa tudo aquilo que Deus legalmente providenciou para quitar todo crédito de injustiças e iniquidades que avalizam as sansões demoníacas que aprisionam o ser humano. A salvação deve atender a todas as necessidades do homem caído. O plano de salvação que Deus preparou com sua infinita sabedoria tem o objetivo de atender a todas as necessidades de nosso ser. A cruz é o plano perfeito de Deus, a única forma de Deus redimir o homem sem deixar de cumprir sua própria lei, através da cruz, Jesus se tornou o justo e 8 justificador de todo aquele que Nele crê. Só a cruz estabelece uma salvação consistente com a lei e o caráter de Deus. A salvação deve desfazer todas as consequências e restaurar ao homem todos os privilégios que ele perdeu. 

Os três aspectos da cruz

1) Jesus como nosso substituto: Ele assumiu intercessoriamente toda nossa condenação, justificando os nossos pecados e também nos abençoando com toda sorte de bênçãos nas regiões celestiais. O mandamento de Deus para sermos perdoados e justificados em Cristo é arrepender e crer. Para recebermos a vida eterna, temos que receber a Cristo como Senhor e Salvador. O segundo aspecto da cruz diz respeito a essa atitude de pecado, onde nos encontramos reféns dos nossos desejos e sentimentos desgovernados. 

2) Jesus como o nosso representante: tudo o que aconteceu com Jesus também precisa acontecer conosco. Precisamos nos identificar com Jesus, na sua crucificação, na sua morte, na sua ressurreição e na sua glorificação. Esta é uma perspectiva mais profunda da cruz, não foram somente os nossos pecados que Jesus levou à cruz; ele também nos levou, o pecador junto com o pecador, levou nossa pecaminosidade ou a tendência crônica de agradar ao nosso ego e satisfazer os nossos desejos. Esse aspecto da cruz nos ensina a morrer para aquilo que nos escraviza. Precisamos fazer essa entrega total a Deus; uma entrega tão completa e incondicional, que a única palavra que a defina seja a morte do eu, morte do princípio de seguirmos nosso próprio caminho. 

3) Jesus como nosso estilo de vida: é aquele em que Cristo é crucificado em nós todos os dias. O Cristo crucificado deve ter seguidores crucificados. As cinco características que descrevem uma grande experiência são: sacrífício, quebrantamento, disciplina, intercessão e um espírito de perdão. Deus só tem um destino: a cruz e o sepulcro. A cruz continuará a ser aplicada à nossa vida durante toda nossa existência. E somente o Espírito Santo pode fazer isso, ninguém mais. Ele cortará de nós coisas que talvez não sejam pecaminosas, mas que precisam ser removidas para que possamos crescer. Ele aplicará a cruz à nossa vida, tornando-a prática e pessoal para nós. A cruz e o ministério da salvação estão sempre juntas e o sangue de Jesus é a arma mais adequada e que deve ser usada antes do nome de Jesus. O poder do sangue de Jesus depende do nosso relacionamento com os princípios pertinentes à cruz de Cristo. Há um grande engano quando a pessoa acredita na promessa sem estar comprometido com Deus, isso se baseia em pregações e orações que oferecem de formas erradas soluções e benefícios que ignoram o que está na Bíblia. O Espírito Santo só penetra nas nossas vidas até a mesma profundidade que a cruz chegou.

O reino de Deus não tolera tipos de facilidade e ociosidade da alma. Muitas vezes será necessário resistir, lutar, esforçar-se, renunciar, perseverar, humilhar-se, confessar e até mesmo se expor. Há um preço de cruz no qual o maior inimigo a ser vencido somos nós mesmos. Há um grande perigo da libertação sem sangue, muitos estão tentando agarrar o foco de luz, ao invés de desligar a lanterna. Libertação lida 9 com lanterna, e não com a imagem projetada. Pela luz, podemos encontrar a lanterna e simplesmente desligá-la. Maldições e demônios nunca se instalam sem um "lugar de pouso", sempre existe uma razão. Uma libertação genuína consiste em destruir o lugar de pouso. Os demônios não voltam mais porque perderam o lugar. A verdadeira libertação é sempre inspirada pelo temor de Deus que glorifica a cruz de Cristo. 

CAPÍTULO 8: PROCESSO DE AVALIAÇÃO 

O processo de avaliação, após crucificar as supostas causas de maldição que foram diagnosticadas no processo de libertação, precisamos avaliar os resultados obtidos em relação aos sintomas iniciais apresentados. A avaliação é o processo de comparar e conferir os sintomas apresentados antes e depois de uma libertação com a finalidade de aperfeiçoar o resultado. Uma libertação só pode ser considerada bem sucedida quando os sintomas iniciais que qualificavam o quadro de maldição são eliminados ou amenizados, pois há algumas pessoas que não são libertas, por isso descobriremos, aonde estão essas brechas. 

1) Falta com a verdade: mentiras abertas e verdades escondidas - a libertação está plenamente ligada à nossa lealdade com a verdade. A pessoa pode passar por dezenas de libertações com os melhores conselheiros e libertadores, porém, enquanto não disser toda a verdade que precisa ser dita jamais será livre. 

2) Falta de arrependimento: depois da confissão, o passo fundamental é o arrependimento, ou seja, após confessarmos precisamos deixar o pecado. Quando resolvemos deixar a prática do pecado, tocamos a misericórdia de Deus. Não podemos desfrutar de uma verdadeira liberdade espiritual sem abandonar as práticas que sustentam a maldição. A benção de Deus está vinculada aos seus mandamentos. 

3) Falta de reação: indolência espiritual - toda pessoa que se submete a uma libertação precisa entender que está numa luta, e que essa luta pode ser intensa. Há dois motivos principais pelos quais um processo de libertação se prolonga: Portas de carnalidade, a pessoa está na prática vigente, e até mesmo compulsiva, de algum pecado, que normalmente está sendo ocultado. Portas de passividade, a pessoa não reage. Tem vontade fraca, subserviente aos sentimentos, e a mente susceptível à intimidação e autocondenação. Não toma a posição que deveria tomar em Cristo. 

4) Motivos errados ou fúteis - Deus tem prazer quando recorremos a Ele buscando a sua ajuda e restauração; mas se existe algo que Deus leva em conta são as nossas motivações. O nosso maior problema não está na falta de 10 libertação, mas exatamente nessas motivações fúteis, desviadas do propósito divino. Deus oferece liberdade para aqueles que irão promover o Seu propósito. 

5) Pessoas centradas em si mesmas - algumas pessoas sempre se sentem ignoradas e não importantes. Elas querem estar no centro, mas a vida de alguma forma sempre as coloca em escanteio. Elas sentem que ninguém se importa com elas. 

6) Fracasso em romper com o ocultismo - nem sempre é uma coisa simples alguém que foi envolvido com ocultismo romper com isso completamente. O ocultismo também vicia a pessoa no poder. Muitos sutilmente são encantados pelo sobrenatural e acabam abrindo uma fenda para o inimigo agir. A fascinação pela espiritualidade pode sustentar a exploração demoníaca na vida da pessoa, comprometendo a sua libertação. 

7) Fracasso em romper com relacionamentos manipuladores e egoístas - a principal característica de um relacionamento doentio nesse sentido é a dependência emocional, onde a pessoa permanece vulnerável a aceitar uma situação abusiva ou imoral, a sua completa libertação não virá até que se desprenda do controle e da manipulação que a pessoa esteja exercendo sobre sua vida. 

8) Falta de desprender totalmente da maldição - lidar com a maldição envolve um bom discernimento espiritual da nossa história, das nossas semeaduras e também um estilo de vida de intercessão, principalmente em relação aos nossos familiares, cobertura ministerial, governamental que persistem em uma condição pecaminosa. Muitos casos de libertação pessoal estão ligados com a história familiar. Será necessária uma postura vigilante de avaliar os sintomas de maldição que persistem. 

9) Quando o problema é de origem natural ou orgânica - a origem está ancorada em uma desordem espiritual; mas existem situações em que a questão é totalmente fisiológica e se a pessoa não buscar ajuda e tratamento adequado, não há libertação que chegue. Deus pode curar qualquer tipo de doença orgânica, e por isso não custa nada orar nessa direção. 

10) Quando a questão não é libertação, mas reeducação - a libertação solta a pessoa, mas não desenvolve o que ficou atrofiado. Para isso é necessária a reeducação, seja a nível de identidade, sexualidade, caráter, vontade, gerenciamento financeiro, etc. É necessário entender que todo processo de libertação precisa ser mantido e correspondido com uma atitude de reeducação, o que infalivelmente produz caráter e sustentabilidade.

CONCLUSÃO: 

Hoje em dia existe uma enorme demanda de grupos ministeriais que estão fechando as portas dos fundos das igrejas e é neste ponto que vários pastores estão tendo dificuldade de expressar a verdadeira libertação e com isso, o número de pessoas afasta-las de Cristo só vem aumentando dia após dia. Este livro é um verdadeiro manual para quem deseja entender mais sobre aconselhamento e libertação e viver a cura verdadeira que vem de Deus. 

Creio que este livro leve para aqueles que querem viver uma vida em Cristo correta, tenha um grande aproveito para o novo tempo que estamos vivendo, tempo do derramar do Espírito e que gerará uma multidão de almas arrependidas e dispostas a seguir Jesus curadas. libertas e principalmente salvas. Para finalizar gostaria de deixar uma frase do próprio autor Coty: 

"O VERDADEIRO ACONSELHAMENTO É O ENCONTRO DO QUEBRANTAMENTO HUMANO COM A SABEDORIA DA CRUZ"

Bjksss... Graça e Paz, que você possa ser abençoado por esta palavra!!