terça-feira, 30 de abril de 2019

Filhos do Brasil - Boa Vista 28/04/2019

E a idéia que começou em 17/02/19 na CECRIN Vila Rica, no domingo dia 28/04/19 foi para a CECRIN - Boa Vista.



Atendemos cerca de 200 pessoas e já aproveito para agradecer aos profissionais que se voluntariaram nesta empreitada e deixar o contato deles:

Advogadas - Drª Adriane e Drª Jessica da FBS Consultoria Previdenciária e Juridica
                     Trav. Ver. Prudente Aguiar 38/17 - Ed. Vitrine 98818-9824

Barbeiros - Paulo Renato - 99254-2665
                   Wallace Pinho - 99234-7606
                  Ambos da Barber Shop Lord's - Estrada União e Industria 8180 - Bonsucesso
                  * João Vitor, Rony Teixeira e Junior Moreno - 98818-5603
                     Salão Fluminense - Ed. Municipal
                  * Arcanjo - 99276-1434
                    Salão Grattos - Rua Norival Ribeiro Damasceno 27 - Bairro da Glória
                   * Zoi Du Corte e Vinni Moraes

Cabeleireira - Francisca Barros - 99844-4462

Enfermagem - Marcele Teixeira 
                      Michele da "Labest Escola Técnica" e sua equipe
                      Rua Monsenhor Bacelar 386 - Centro 
                      Telefone: 2242-0770

Psicanalise - Juliana Constantino - 99997-8851
                      Raquel Rodrigues - 21 98366-1828
                      Mariza Pizzi - 98805-2332

Psicóloga - Dayse Vilasboa - 98837-0687

Recursos Humanos - Amanda Pinho - 99223-5924

Os voluntários CECRIN que ficaram:

Coordenação: Prª Mariza Pizzi e Pr Adilson Luiz

Apoio: Alex Guerra, Adriana Guerra, Heitor Uber (99307-3790), Lucas Zainotte, Carolina Almeida, Augusto Carvalho, Samuel Pereira, Alexsandro, Rogério e Rafael.

Bazar: Rose, Puppy e Rê.

Clinico geral: Dr Renato Cisi.

Crianças: Felipe Pizzi, Raisa Carreiro, Carol, Tatiane, Thais, Pedro, Jaise e Srª Moraes

Cozinha: Edna Silva e Carla Borges.

Imagens/reportagens: Saulo Haubrich

Recepção: Pr Jonas Silva, Júlio Costa, Juliana Costa, Cris, Maria Eduarda.

Sala de Oração: Josy Reis, Regina Rodrigues, Prª Shirley Mara, Rosangela Cisi, Marise e Sílvia Barros.

Em breve anunciaremos o local para Junho ou Julho e fica ligado, caso queira fazer parte de nossa equipe de voluntários em: pediatria, advocacia, ginecologia, oftalmologia, por favor, contate-nos pelo zap 98805-2332

Obrigada a todos os envolvidos e principalmente a Deus que nos deu um dia lindo onde podemos abraçar e ajudar a muitos.

Até a próxima......... Bjks Graça e Paz !!!! 
            

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Fases do Desenvolvimento Psicossexual

Oláaaa

Resultado de imagem para psicossexualParte de um trabalho de Psicanálise, sobre as 5 fases do Desenvolvimento Psicossocial, com as devidas referências abaixo...




Segundo os estudos clínicos de Sigmund Freud, a personalidade do sujeito era desenvolvida durante a infância e através de cinco estágios de desenvolvimento psicossexual, durante a infância o ID foca suas energias na busca de prazer  nas áreas erógenas do corpo. 
Esta energia psicossexual ou libido é descrita como a força que move o comportamento de todo o indivíduo. Se um indivíduo concluir cada etapa do desenvolvimento psicossexual com êxito, ele terá uma personalidade forte e saudável.
Cada estágio continuará influenciando mais tarde o comportamento do indivíduo sendo bem concluídos ou não. Se as questões não são resolvidas em cada uma dessas fases, podem ocorrer fixações, ou seja, o indivíduo se mantêm preso naquela fase e pode se tornar mais dependente do que os outros.
  
1. Fase Oral - É a fase  por volta de 1 ano de idade e ocorre através da boca que é a zona erógena desta fase. 
É a fase da amamentação, onde a criança desenvolve o prazer de sugar, degustar, é também onde ela desenvolve um sentimento de confiança e conforto através da estimulação oral pelo  reflexo de sucção. É a fase de satisfação do Ego. 
O conflito principal desta fase é o processo de desmame, quando a criança precisa se tornar menos dependente de cuidadores.
  
2. Fase anal - É a fase que acontece por volta de 1 a 3 anos e a zona erógena nesta fase segundo Freud é a bexiga e as suas entranhas. 
É a fase em que a criança começa a ter domínio sobre as suas necessidades fisiológicas e começa a responder se deseja urinar ou defecar, e é este controle que leva há um sentimento de realização e de independência, se esta criança for motivada e elogiada (Exemplo: que lindo, você conseguiu estamos felizes por você) pelos pais pelo uso do banheiro no momento adequado, porém, se a reação for "que fedor" pode deixá-la triste como se o que ela acabou de fazer não fosse algo bom.
Segundo Freud, saber passar bem por esta fase, fará com que os pais estejão formando pessoas que se tornarão adultos competentes, criativos e produtivos. 
Se a fixação ocorrer nesta fase, Freud acreditava que o invidio teria problemas com dependência ou agressão na vida  adulta..
  
3. Fase Fálica - Ocorre entre os 3 a 6 anos e a zona erógena nesta fase são os órgãos sexuais. 
Nesta fase a criança começa a observar as diferenças sexuais, as funções desempenhadas por cada sexo (homem e mulher), de acordo com a cultura que está inserida. 
É também nesta fase, segundo Freud, que acontece o Complexo de Édipo (http://pastoramariza.blogspot.com/2016/02/complexo-de-edipo.html), onde o menino  começa a desejar possuir a mãe e querer tomar o lugar do pai na disputa pelo afeto da mãe, ele começa a ver o seu pai como um rival nesta disputa pelo afeto da mãe. Ao mesmo tempo o menino teme ser punido pelo pai, levando-o á um sentimento de angústia profunda, que Freud denominou de “angústia da castração” então a criança começa a se identificar com o pai como uma forma de possuir sua mãe, com as meninas acontece o mesmo em relação ao seu pai (Complexo de Electra). 
Segundo alguns estudiosos se esta fase não for bem concluída, ocorrerá os transtornos de identidade de gênero tanto nas meninas quanto nos meninos.
  
4. Fase da latência - Esta fase ocorre aos 06 anos e a zona erógena, o foco, são os sentimentos sexuais. 
É quando se inicia a alfabetização, e, indo a escola, a criançapassa a conhecer pessoas, lugares, famílias, gostos e culturas diferentes. O desenvolvimento do Ego e do Superego contribuem para este período de calma. 
É uma fase muito importante para o indivíduo, para o desenvolvimento de suas habilidades intelectuais, sociais e a autoconfiança.
  
5 . Fase genital - É a fase que vai da puberdade a morte e a zona erógena é o amadurecimento dos interesses sexuais. 
A libido está ativa durante esta fase e as pessoas desenvolvem um forte interesse pelo sexo oposto, é o período em que há também um interesse maior pelo bem-estar do outro.


BIBLIOGRAFIA

-AS 5 FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL, segundo Freud .Disponível em :

- CHNALLI, Myriam.Erik Erikson e a construção de identidade .Disponível em :http://www.revistaeducacao.com/erik.erikson-construcao-da-identidade/>.Acesso em 20 Março de 2018


Psicanalista Clínica Mariza Pizzi - CRPC/RJ 396/2018


sexta-feira, 26 de abril de 2019

Filme: Silêncio de Morte

Oláaaa....

Mais um filme muito legal.

Filme: Silêncio de Morte
Lançado em 10 de Abril de 2019
Direção: John R. Leonetti
Elenco: Stanley Tucci (O Diabo Veste Prada), Kiernan Shipka (O Mundo Sombrio de Sabrina), Miranda Otto (O Senhor dos Anéis) e muito mais.....
Gênero: Terror
Duração: 1 hora e 30 minutos

NETFLIX

Não recomendado para menores de 14 anos

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O mundo sobre um ataque de criaturas mortais que não enxergam mas caçam pelo som.

Aborda medo, perseverança, escolha, etc...

Um filme muito bom de se ver, prende  atenção do inicio ao fim.

Espero que gostem .............. Bjksssss


quinta-feira, 25 de abril de 2019

Livro: Invencível

Preciso indicar esse livro.... coisa boa quando fazemos uma leitura leve e cheia de testemunhos e exemplos que nos impulsiona a irmos mais longe

Livro: Invencível
Autora: Lisa Bevere 
Editora: Chara Editora
São 254 paginas

Lisa Bevere é autora "Best-seller" pelo New York Times, seus livros anteriores que também indico a vocês são:
A Força de ser Mulher
O Despertar da Leoa
Mulheres com Espadas
Sem Rivais

O Invencível fala de "verdade" de "inabalável", são 11 capítulos com temas e testemunhos que vão despertar vocês.

Nunca ignore o dom que está sobre a sua vida!
Somos um diamante!
Somos inabaláveis!!!!

Boa leitura
Espero que gostem

Bjkssss...........Graça e Paz!!!!


segunda-feira, 22 de abril de 2019

Filme: Um Pequeno Favor

Oláaaa....

Quero dar uma dica de um filme muito legal.

Filme: Um Pequeno Favor
Lançado em 27 de Setembro de 2018
Direção: Paul Feigh
Elenco: Anna Kendrick (A Escolha Perfeita), Blake Lively (Gossip Girl), Henry Golding (The Gentlemen) e muito mais.....
Gênero: Suspense policial
Duração: 1 hora e 57 minutos

Não recomendado para menores de 16 anos

Imagem relacionada

O filme conta sobre Stephanie, uma mãe solitária e youtuber que se torna amiga de Emily uma mulher poderosa e misteriosa....prende você do inicio ao fim e nem toda amizade é o que parece.... não vou dar spoiller.

Você verá amizade, manipulação, transtorno anti-social, etc.

Espero que gostem .....  Bjksssssss


quinta-feira, 18 de abril de 2019

Unidade da Igreja ????

Vamos falar um pouco sobre igreja?
Sobre unidade?

Autorizo a cópia e a utilização como referência deste texto...
arquivo pessoal


* O que é unidade?
Unidade é uma ação coletiva com um único objetivo: integração. 
Unidade não significa que todos serão iguais.
Unidade significa que cada um abre mão do seu “pensamento próprio” para caminhar junto na mesma visão, no mesmo propósito, para o cumprimento de metas estabelecidas pela liderança.

* Unidade é um assunto sério?
É sim, tão importante para Deus, que Jesus antes de ser crucificado passou um longo tempo ministrando e intercedendo por seus discípulos e por nós, para que pudéssemos aprender e receber o espírito da unidade, nos tornando um só com Cristo e com os outros. 
Jesus disse que o mundo só o conheceria se visse essa unidade em nós. João 17:21-23
E em Gênesis 11:1-9 vemos que a unidade atrai a atenção de Deus e quando um povo se une e trabalha em unidade nada se torna impossível.

* Por que as pessoas não querem ou deixam de andar em unidade?
 Te dou 4 motivos óbvios, coloquei até em ordem alfabética.....
1 - Auto-pastoreamento: não se deixam ser ensinadas, conduzidas, pastoreadas, corrigidas, caminhar junto então nem pensar e não tem aliança com igreja nenhuma. 
Ao se sentirem confrontadas diz que Deus mostrou que "o tempo dela naquele lugar acabou".
Judas v.12 diz que essas pessoas que se auto-pastoreiam, ou seja, que são pastores de si próprias e não se submetem a pastores e líderes espirituais, são iguais a “nuvem sem água” e “árvores sem raízes”, são estéreis.

2 - Competitividade: querem sempre estar “certas” e serem “melhores” que os outros ou que seus líderes, são "arrogantes, presunçosas" e seu comportamento faz com que as pessoas, inconscientemente, se afastem delas, não as deixam de amar, mas o convívio com alguém que necessita "estar certo sempre" não é fácil. 

3 - Egocentrismo: porque acham que sua opinião ou seu jeito de fazer é melhor do que o de seu líder ou se sua opinião não é aceita, outras não servem, quero dizer que o egocêntrico não consegue trabalhar em grupo, pois se "não for do jeito dele" nada está certo ou tudo dará errado, faz bico (tenho ranço de meninice) e começam a puxar as coisas para trás. Eles sentem necessidade em serem o centro de tudo, precisam ser vistos e ouvidos, diferente do competitivo que quer ser melhor, o egocêntrico tem certeza que é melhor.

4 - Opressão: existe um espírito maligno atuando em algumas vidas, é um legado de orfandade, é quando as pessoas não tiveram a figura paterna presente na infância. 
Em outros casos trata-se de um “espírito de bode” mesmo, que gera pessoas solitárias, que não sabem conviver com outras pessoas mas para todos esses casos é possível a cura e a libertação em Cristo Jesus.

Unidade gera força?
Essa te respondo com capítulos e versículos....
– Porque Deus habita no meio da unidade - Mateus 18:19-20
– Porque um ajuda ao outro - Eclesiastes 4:9-12
– Porque um lugar com unidade estimula e encoraja - I Coríntios 1:10 
Um lugar onde todos falam a mesma língua e têm a mesma visão gera credibilidade e confiança para as pessoas que chegam nesse ambiente, mesmo que seus pensamentos, cultura e comportamento sejam diferentes, eles almejam um único objetivo. 
Já um local em que as pessoas criticam umas as outras, expõem e criticam seus líderes e uns aos outros, gera desconfiança em quem chega.
Satanás tem todo interesse em afastar as pessoas do corpo, pois ao afastar uma pessoa da unidade, ela fica mais vulnerável e se torna alvo fácil. Hebreus 10:24-25

* Onde precisamos ter unidade?
1 - Casamento e na família - A esposa precisa se unir ao seu marido, encorajando-o no necessário, ajudando-o nas decisões e assim viverem em concordância. Quando existe concordância dentro do lar, tudo se torna possível, principalmente se estiver em linha com Deus, Andarão 2 juntos se não estiverem de acordo?
Os filhos precisam estar em concordância e obediência aos pais, seguindo seus ensinamentos, e isto é o segredo para a vida em abundância. É o princípio da unidade que Jesus disse em Mateus 18:19, quando dois concordarem na terra em oração, será concordado no céu e concedido por Deus Pai.

2 - Você e Deus - estar em convergência com seu propósito no Reino, assim poderá contribuir com a unidade da igreja, da família, do trabalho. 
Se formos um com Ele, o Seu reino estará em primeiro lugar na nossa vida e não teremos dificuldade de viver e praticar a Sua Palavra, de ser fiel, de fugir do pecado, de ser submisso a liderança.

3 - Visão da Igreja - Unidade entre os irmãos em Cristo, não é apenas estar junto em um culto, ou conviver na igreja, na família ou trabalho.
Não podemos levantar altares individuais pra fazer só a nossa vontade lembrando que altar é divino e torre é humana. 
Não existe unidade independente, em Cristo precisamos ter aliança.

4 - Entre irmãos - união no propósito, na linguagem, na visão, no sonho e na missão.
O resultado disso é crescimento e prosperidade em todas as áreas. 
Esta unidade com o grupo forma uma equipe, isto é, um grupo de pessoas que interagem e trabalham para um único objetivo.

5 - Palavra - a Bíblia nos orienta a fazermos tudo como se estivéssemos fazendo para Deus, por isso devemos ser excelentes em tudo. A palavra de Deus também diz que o servo (trabalhador) deve honrar seu senhor (empregador) e que o senhor deve tratar o servo com dignidade, como seu irmão. Colossenses 3:23 e Efésios 6:5-9

Bora crescer ???

Bjkssss............    Graça e Paz!!!!!

Teoria da Pulsão e Libido

Oláaaaa passei dias sem postar pois estava enroladíssima, admito que é má administração do meu tempo...mas tomando as rédeas novamente, eis-me aqui!!!
Postando hoje um trabalho curto sobre a "Teoria da Pulsão e Libido", autorizo copias ou referencias ao mesmo...as imagens peguei na WEB e só postei para não ficar só a escrita, porém não as utilizei na entrega do trabalho.

INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo comunicar algumas considerações sobre Teoria da Pulsão e Libido. Rastrear, na obra freudiana, o conceito de "Trieb" que é geralmente traduzido como "pulsão" ou "instinto", desfazendo alguns equívocos frequentes e explorando suas articulações teóricas e também o conceito de Libido em Freud, propondo uma descontinuidade com o conceito de libido apresentado por Lacan.
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 1.     Pulsão
Em 1905, na primeira edição dos Três ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, que encontramos pela primeira vez a palavra “Pulsão” na obra de Sigmund Freud, a respeito de uma teoria sobre a sexualidade humana, no caso, a Pulsão Sexual.
A Pulsão é definida como representante psíquico de estimulações constantes de fonte endógena, se tratando, portanto, de um conceito limítrofe entre o psíquico e o somático.
Neste texto, Freud introduz a noção de pulsões parciais ligadas a zonas erógenas determinadas, cuja soma constitui a base da sexualidade infantil e quando chegar a puberdade não significará o abandono das mesmas. Essas pulsões parciais funcionam na infância através de atividades parcelares e no adulto através dos prazeres preliminares e perversões. Na puberdade, a sexualidade encontra certa organização, as pulsões parciais ainda se encontram ativas, mesmo que sob a primazia dos genitais ou sob o destino do recalque. Neste mesmo texto, outro ponto importante foi a plasticidade conferida à pulsão, de forma que seu objetivo e finalidade são o que ela tem de mais variável, apesar de não poder dispensar eles.
Em 1910, no texto A Concepção Psicanalítica da Perturbação Psicogênica da Visão, Freud expõe seu primeiro dualismo funcional, com a introdução do conceito de Pulsão do Eu. O conflito psíquico se faria entra a Pulsão Sexual, a serviço da sexualidade e a Pulsão do Eu, a serviço da conservação do individuo. A Pulsão do Eu participaria da defesa contra a invasão do Eu pela Pulsão Sexual.
Em 1911, no texto de Formulações sobre os dois princípios do Funcionamento Psíquico, Freud detalha mais o conflito psíquico, submetendo a pulsão sexual ao domínio do principio do prazer e a pulsão do eu ao domínio do principio da realidade.
Em 1914, no texto de Sobre o Narcisismo, uma introdução veio subverter o primeiro dualismo pulsional, sem apresentar um segundo, com a ideia de que o eu é um objeto a ser investido pela pulsão sexual. Em uma nova redistribuição da pulsão sexual encontramos a libido do eu, que é a pulsão sexual investida no eu, e a libido objetal, que é a pulsão sexual investida em objetos externos, muito embora a pulsão do eu não tenha sido descartada da teoria freudiana e ainda pudesse se opor a pulsão sexual, mas tarde, em 1923, depois do estabelecimento do novo dualismo pulsional.
Em 1915, em Pulsões e suas Vicissitudes, Freud resgata o conceito de pulsão relacionado a diferenciação entre estímulos externos e estímulos internos, presentes no Projeto para uma Psicologia Cientifica de 1895, quando estímulos externos se apresentam ao aparelho neuronal, este utiliza mecanismos de fuga no sentido de livrar da estimulação. No caso dos estímulos internos, a fuga não é possível, o cessar de sua estimulação só pode ser obtido de outra forma, para isso, é necessária uma ação especifica que promova uma alteração da fonte interna da estimulação. Os estímulos internos exigem do sistema nervoso muito mais do que os estímulos externos, é só tem sua fonte interna de estimulação satisfeita através de atividades complexas e interligadas, através das quais o mundo externo é modificado para promover a satisfação. Neste mesmo texto, Freud reintroduz os elementos acerca do funcionamento da pulsão que haviam sido indicados nos três ensaios:
·       Fonte (Quelle) – processo somático que ocorre em um órgão ou parte do corpo, mas só chegamos a conhecê-lo através das funcionalidades pulsionais. Uma pulsão não pode ser destruída nem inibida, uma vez tendo surgido, ela tende de forma coerciva para a satisfação. Aquilo sobre o qual vai incidir a defesa é sobre os representantes psíquicos da pulsão;

·       Finalidade (Ziel) – a finalidade da pulsão é sempre a satisfação, e só pode ser alcançada através da eliminação do estado de estimulação, conseguida por um caminho direto ou através de varias finalidades mais próximas ou intermediarias que se combinam e se intercambiam umas as outras, no sentido de chegar a finalidade última. A satisfação é definida como a redução da tensão provocada pela pressão, as pulsões podem ser inibidas em sua finalidade, mas mesmo nesses mecanismos há uma satisfação substitutiva, parcial;
·       Objeto (Objekt) – é através de um objeto que a pulsão consegue alcançar sua finalidade. É o que existe de mais variável em uma pulsão.
Ele acrescenta mais um elemento:
·       Pressão (Drang) – é uma pressão constante e é a própria essência da pulsão. Ela é seu fator motor, sua quantidade de força que se configura em uma exigência de trabalho ao psiquismo.
Para Freud toda pulsão é ativa e a pressão é a própria atividade da pulsão, só pode falar em passividade pulsional quando referido a finalidade.
Ainda em 1915, em texto de O Inconsciente, Freud fala que se a antítese entre consciente e inconsciente não se aplica às pulsões; se a pulsão não se prendeu a uma ideia ou não se manifestou como um estado afetivo, nada poderemos saber sobre ela. A pulsão nunca se dá por si mesma, nem a nível consciente, nem a nível inconsciente; ela só é conhecida pelos seus representantes: o Representante Ideativo e o Afeto.
O afeto é a expressão qualitativa da quantidade de energia pulsional. Afetos correspondem a processos de descarga, cujas manifestações finais são percebidas como sentimentos. Os destinos do afeto e do representante ideativo são diferentes. Os afetos não podem ser recalcados. Portanto não se pode falar em afeto inconsciente; os afetos são sentidos a nível consciente, embora não possamos determinar a origem do afeto ao sentir suas manifestações.
    Os representantes ideativos são catexias, basicamente de traços de memória.
Os destinos dos representantes ideativos são: reversão ao seu oposto, retorno em direção ao próprio eu, recalcamento, sublimação. Os destinos do afeto: transformação do afeto (obsessões) deslocamento do afeto (histeria de conversão), troca do afeto (neurose de angústia e melancolia).
A reversão da pulsão em seu oposto transforma-se em dois processos diferentes: uma mudança da atividade para a passividade e uma reversão do seu conteúdo. Do primeiro temos o exemplo do sadismo e do masoquismo. A reversão afeta apenas a finalidade da pulsão (amor transforma-se em ódio, por exemplo).
As vicissitudes pulsionais que consistem no fato de a pulsão retornar em direção ao próprio ego do sujeito e sofrer reversão da atividade para a passividade, se acham na dependência da organização narcisista do ego e trazem o cunho dessa fase.
O afeto não pode ser recalcado, isto é, não pertence ao sistema inconsciente, mas ele sofre as vicissitudes do recalque: o afeto pode permanecer; ser transformado (principalmente em angústia); ou é suprimido. Suprimir o desenvolvimento do afeto constitui a verdadeira finalidade do recalque e que seu trabalho ficará incompleto se essa finalidade não for alcançada. O controle do consciente sobre a capacidade dos seres vivos de se moverem de forma voluntária se acha firmemente enraizada, suporta regularmente a investida da neurose e só cessa na psicose. O controle do consciente sobre o desenvolvimento dos afetos é menos seguro.
O recalcamento provoca uma ruptura entre o afeto e a ideia a qual ele pertence, e cada um deles passam por vicissitudes diversas. O afeto não se apresenta até que o irromper de uma nova apresentação do sistema consciente tenha sido alcançada com êxito.
Em 1916, Freud define pulsão como sendo um conceito situado na fronteira entre o mental e o somático, como representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do corpo e alcança a mente, como uma medida da exigência feita à mente no sentido de trabalhar em consequência de sua ligação com o corpo. Freud diz que não existe um caminho natural para a sexualidade humana, não existe uma maneira única de satisfazer ao desejo, o que dá ao ser humano a sina de estar sempre insatisfeito frente a este. É em nome destes desvios que ele fala em Pulsão Sexual e não em Instinto, que é um padrão de comportamento, hereditariamente fixado e que possui um objeto especifico, enquanto a Pulsão Sexual não implica em comportamento pré-formado e nem em objeto especifico.
Em 1920, Freud assume em Dois verbetes de enciclopédia: (A) Psicanálise, (B) Teoria da Libido que suas teorias das pulsões havia, nesta época, caído em uma perspectiva monista, isto é, um único domínio, se aproximando da libido de Jung que tanto criticara. Encontramos também, a ideia do refluxo da libido, que coloca que o aumento da libido objetal significa a diminuição da libido do eu e vice-versa.
Em 1998, Lacan diz que: A pulsão, tal como é construída por Freud a partir da experiência do inconsciente, proíbe ao pensamento psicologizante esse recurso ao instinto com ele mascara sua ignorância, através de uma suposição de uma moral na natureza. (Lacan, 1998, pág.865).
Em 2005, Garcia-Roza (2005) diz ser a pulsão o instinto que se desnaturalizou, que se desvia de suas fontes e de seus objetos específicos; ela é o efeito marginal desse apoio-desvio. A pulsão se apoia no instinto, mas não se reduz a ele. Zimerman, (1999) diz que o apoio marca não a continuidade entre o instinto e a pulsão, mas a descontinuidade entre ambos, transformando o somático em psíquico, com as respectivas sensações das experiências emocionais primitivas, o indivíduo vai construindo o seu mundo interno de representações.
 2 – Aparelho Psíquico, Primeira Concepção
Freud, em sua primeira concepção do aparelho psíquico, do ponto de vista econômico, como governado pelo principio do prazer, que por sua vez decorre do principio da constância. O aparelho psíquico trabalharia no sentido de manter a quantidade de excitação nele presente tão baixa quanto possível, segundo este principio, de maneira que uma diminuição de excitação corresponderia a uma sensação de prazer e um aumento, ao desprazer (FREUD, 1920, págs. 17-19)
Na experiência clinica, essa visão revelou-se insatisfatória diante da descoberta de fenômenos como a: ambivalência, o masoquismo e a compulsão a repetição, na qual o sujeito repete uma situação traumática, seja em sonhos ou uma atuação ou de outras formas. A compulsão a repetição apresentou-se como um paradoxo, uma vez que, se a tendência do aparelho psíquico era o alivio das tensões no sentido de se evitar o desprazer, o acontecimento traumático deveria ser esquecido, e não repetido (FREUD, 1920, págs. 23-29 e 31-37).
Em vista disso, Freud postula a existência de uma tendência inerente ao organismo vivo a reconduzi-lo a um estado anterior de coisas, ou melhor, faze-lo retornar ao estado original das coisas que é o estado inanimado, uma vez que a vida compareceu como um elemento perturbador externo e esse estado inicial (FREUD, 1920, Págs. 53-54).
Esse impulso será denominado Pulsão de Morte e através dele Freud ira elaborar sua ultima teoria das pulsões, ao mesmo tempo em que introduz a segunda tópica do aparelho psíquico. Nesta nova teoria, a oposição não mais se dará entre pulsões sexuais, a serviço do prazer e pulsões do ego, de caráter auto conservativo, mas entre Pulsão de Morte e Pulsão de Vida (FREUD, 1920, pág. 73).
Estas últimas se contraporiam às de Morte, fazendo com que as unidades vitais mantenham-se em funcionamento e constituam unidades cada vez mais complexas e evoluídas, de modo a criar caminhos cada vez mais afastados ou desviados do objetivo final da Pulsão de Morte, que é o retorno ao inorgânico. A Pulsão de Vida impeliria o organismo em direção à formas cada vez mais diferenciadas, tendo um caráter unificador e de natureza sexual. A Pulsão de Morte, pelo contrario, impele o organismo no sentido de uma descarga imediata, que resultaria, em ultima instancia, no esforço mais fundamental inerente à toda substancia viva que é o retorno ao estado inanimado, com a eliminação de toda tensão existente (FREUD, 1920, págs. 53-61 e 83-85).
 3 - Economia das Pulsões
Do ponto de vista econômico, as manifestações das pulsões sexuais são ligadas à existência de uma força de uma energia especifica chamada libido.
Em 1999, Zimerman diz que a catexia, que é o investimento de energia pulsional, alude ao fato de que certa quantidade de energia psíquica esteja ligada a um objeto, tanto externo como a seu representante interno, numa tentativa de reencontrar as experiências de satisfação que lhe estejam correlacionadas.
Depois da experiência de satisfação, a representação do objeto satisfatório, fortemente investida, orientara o sujeito para a busca do mesmo objeto. O termo objeto pode designar tanto o objeto da pulsão quanto o objeto de amor do sujeito.
O objeto do investimento pulsional pode ser o próprio sujeito, que é o caso do narcisismo.
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4 – Libido
Freud também acreditava que a libido amadurecia nos indivíduos por meio da troca de seu objeto ou objetivo. Argumentava que os humanos nascem "polimorficamente perversos", no sentido de que uma grande variedade de objetos possam ser uma fonte de prazer, sem ter a pretensão de se chegar à finalidade última, ou seja, o ato sexual.
O desenvolvimento psicossexual ocorreria em etapas ou fases, de acordo com a área na qual a libido está mais concentrada:
·       Fase Oral - exemplificada pelo prazer dos bebês ao chupar a chupeta, que não tem nenhuma função vital, mas apenas de proporcionar prazer;
·       Fase anal - exemplificada pelo prazer das crianças ao controlar sua defecação;
·       Fase Fálica - que é demonstrada pela manipulação dos órgãos genitais.
Até então se percebe que a libido é voltada para o próprio ego, ou seja, a criança sente prazer consigo mesma. O primeiro investimento objetal da libido, segundo Freud, ocorreria no progenitor do sexo oposto, esta fase caracterizada pelo investimento libidinal em um dos progenitores se chama Complexo de Édipo, onde a criança percebe então que entre ela e a mãe, no caso de um menino, existe o pai, impedindo a comunhão por ele desejada. A criança passa então a amar a mãe e a experimentar um sentimento antagônico de amor e ódio com relação ao pai. Ela percebe então que tanto o amor vivido com a mãe como o ódio vivido com o pai são proibidos e o Complexo de Édipo é então finalizado com o surgimento do superego, com a desistência da criança com relação à mãe e com a identificação do menino com o pai.
O termo libido aparece pela primeira vez em Freud no Rascunho E de sua correspondência com Fliess, ele discute nesta correspondência a questão da neurose de angustia ligada à transformação da tensão sexual acumulada em angústia, devido ao fracasso da descarga pelas vias psíquicas, ele diz: "... a tensão sexual física aumenta a certo nível e desperta a libido psíquica". Aqui a libido é tomada enquanto quantidade, podendo ser suficiente ou insuficiente, entretanto, ela já é claramente definida como psíquica.
Em 1915, no capítulo Teoria da libido, texto escrito após a Introdução ao Narcisismo e publicado nos Três ensaios da Sexualidade, Freud define libido como "força quantitativamente variável que poderia servir de medida do processo e das transformações que ocorrem no campo da excitação sexual". Seria uma energia especial que se deve supor subjacente aos processos mentais em geral. Diz Freud que ao fazer a distinção entre energia libidinal e outras formas de energia psíquica, expressa a diferença entre processo sexual do organismo e processo nutritivo.
Em 1920, em Além do Princípio do Prazer, Freud amplia o conceito de libido pela via do mito, Eros, e pela biologia, libido das células individuais. Libido está, neste momento, estritamente ligado à necessidade de manter a dualidade pulsional, assim como manter o conceito de compulsão à repetição, sobre a qual postula a pulsão de morte. Para falar de compulsão à repetição, supõe que todo organismo vivo está determinado historicamente para voltar a um estado anterior das coisas e aí, ele pode falar em pulsão de morte desde a origem. No entanto, a pulsão sexual o que claramente visaria.
 Algumas considerações sobre o conceito de libido em Freud e Lacan é a conjunção entre duas células germinais diferentes; então, onde estaria a repetição?
Isto colocaria por terra a pulsão sexual desde a origem, caindo no monismo pulsional. Então Freud postula, através de estudos da biologia, partindo primeiro da Teoria de Weissman, que divide o organismo entre soma (mortal) e célula germinal (imortal), que nas células individuais haveria pulsão de morte e pulsão de vida. A libido existente nestas células teria a função de se ligar a outra, tomar outra célula como seu objeto, o que parcialmente neutralizaria a pulsão de morte, mas existiriam também as células germinais, que são as de reprodução, que se reservariam desta função, mantendo a sua libido, libido narcísica para outra função. Teríamos então aqui, tanto a libido do objeto como a libido narcísica atuando nas células. Ficando ainda para Freud explicar, a questão da repetição da pulsão sexual, que só poderia provar supondo a origem do sexual, como uma força para unir. Recorre então, ao mito de Eros de Platão, dizendo em 1921, na Psicologia das massas: "Em sua função, origem e relação com o amor sexual, o Eros do filósofo Platão, coincide exatamente com a força amorosa, a libido da psicanálise." O mito de Aristófanes, em que um ser original haveria sido dividido em duas partes, desejando sempre se reunir a outra parte, possibilita que Freud possa colocar a compulsão à repetir em Eros e mais ainda, traz em sua estrutura intrínseca a questão da divisão do sujeito.
Em 1921, Freud define libido dizendo: "Libido é uma expressão extraída da Teoria das Emoções”. Damos este nome à energia considerada como uma magnitude quantitativa, daquelas pulsões que tem a ver com tudo o que pode ser abrangido sob a palavra "amor".
Em 1923, em O Eu e o Isso diz: "Dificilmente se pode duvidar que o princípio do prazer serve ao Id como bússola em sua luta contra a libido - a força que introduz distúrbios no processo de vida".
Daí podemos extrair, que a libido, ao mesmo tempo em que vem de uma força para reunir, ligar (Eros) é por isto mesmo quem traz desordem, ao se ligar a outro diferente, o que impossibilita um nível de tensão igual a zero, que é a busca da pulsão de morte.
Neste percurso teórico da obra de Freud sobre a libido, podemos destacar que libido:
·       É energia;
·       Visa satisfação;
·       É móvel, quer dizer, investe e desinveste objeto, se desloca;
·       É psíquica, investe necessariamente nas representações do objeto ou objetivo;
·       Não se confunde com Eros, é a energia de Eros;
·       Tem a evolução de sua teoria concomitante com a evolução da teoria das pulsões;
·       Tem sua imagem como uma ameba com seus pseudópodes.
A partir deste trabalho sobre a libido em Freud, surgiu a questão: em Lacan, como o conceito de libido é tomado?
Percorrendo o texto Posição do Inconsciente e o Seminário 11, de 1963 e 1964, vemos que:
·       Freud fala de energia;
·       Lacan fala em superfície organizando o campo de forças;
·       Freud dá a imagem de uma ameba com seus pseudópedes (são estruturas citoplasmáticas encontradas em alguns eucarióticos, por exemplo em Amoebozoas)
·       Lacan a imagem de um órgão;
·       Freud traz o mito de Aristófanes para falar sobre a origem da libido;
·       Lacan constrói o mito do ovo.  

5 - Algumas considerações sobre o Conceito de Libido em Freud e Lacan
Houve uma descontinuidade entre o conceito de libido em Freud e Lacan, propiciado pelo desenvolvimento da física, ou seja, pelo corte entre a física clássica e a física moderna.
O princípio da relatividade de Einstein trouxe importantes implicações na evolução do conceito de campo. A noção de campo devida a Newton diz que são os corpos, as partículas materiais e não o campo que tem realidade física. As ideias relativistas tendem a desvincular os campos das partículas, dando-lhes existência real.
A visão clássica, mecanicista do mundo, baseava-se no conceito de partículas sólidas e indestrutíveis deslocando-se no vazio.
A física moderna trouxe à tona uma revisão radical dessa representação, levando não apenas a uma noção inteiramente inédita do que sejam partículas, mas transformando o conceito clássico de vazio. Nas teorias quânticas de campo a distinção entre partículas e o espaço circunvizinho perde a nitidez original e o vazio passa a ser reconhecido como uma quantidade dinâmica.
Lacan toma então, a teoria eletromagnética, que foi a primeira teoria física formulada de acordo com o princípio da relatividade e mais especificamente o teorema de Stokes que diz que o fluxo que provém, da superfície é rotacional, é constante e é igual a da borda fechada em que se apoia.
Isto permite a ele dizer em Posição do Inconsciente que: "A imagem que nos dá a libido pelo que ela é, ou seja, um órgão, ao qual seus costumes a aparentam bem mais do que a um campo de forças. Digamos que é como superfície, que ela ordena este campo de forças". “O Teorema dito de Stokes nos permitiria situar na condição que essa superfície se apoia sobre uma borda fechada, que é a zona erógena, a razão da constância, da urgência do impulso sobre a qual Freud insiste tanto”.
 Diz também no Seminário 11: "A libido não é algo de fugaz, de fluído, ela não se reparte, nem se acumula, como um magnetismo, nos centros de focalização que lhe oferece o sujeito, a libido deve ser concebida como um órgão, nos dois sentidos do termo, órgão-parte do organismo e órgão instrumento", ou seja, a imagem que nos dá Lacan da libido é de um órgão-parte do organismo, na medida em que ela vem se inserir em um dos orifícios do corpo, no buraco cuja borda é a zona erógena e ao mesmo tempo como órgão instrumento, enquanto superfície de movimento rotacional que introduz o limite do ser do organismo, fazendo seu recorte.
A ideia de superfície e rotacional, enquanto em Freud, a libido com a imagem de uma ameba em relação com seus pseudópodes, dá uma ideia de movimento linear de ida e volta, de investimento e retirada de investimento. Sustentado nesta física, Lacan utiliza outro mito para falar da origem da libido, na medida em que o mito de Aristófanes acentua a divisão e Lacan já tem uma física que propicia a ele falar de algo que se produz quando da divisão. Ele fala então, do fantasma que surge pelo mesmo lugar que nasce o homem, um fantasma de forma infinitamente mais primária de vida.
Ele considera um ovo no ventre vivíparo, sem casca e que cada vez que se rompem, as membranas, é uma parte do ovo que é ferido, mas estas membranas devem perfuradas para que o ser fecundado nasça. Ao quebrar o ovo se faz o Homem, mas também a homelete (com H).  Esta Homelete teria como característica ser ultra-achatada, de difícil destruição, imortal por ser cissípara e guiada pelo puro instinto de vida.
Lacan, assim como Freud, utiliza o exemplo da biologia em nível das células para marcar a relação da libido, do sexual, com a morte. Enquanto Freud acentua neste exemplo o caráter de aglutinação, de reunião das células individuais. Lacan acentua a redução cromossômica que se processa na reprodução das células germinais. Freud diz que no exercício dessa função de reunião, algumas células tem que morrer e Lacan que "a libido marca a relação na qual o sujeito toma parte da sexualidade, com sua morte".
Então, pelo desenvolvimento da física, Lacan pode tomara libido com ligação com aquilo que falta, a perda, tornando-a como órgão irreal, precedendo e condicionando o subjetivo, por estar em contato direto com o real. Lacan tinha a possibilidade da Física moderna que fala de um vácuo físico, como é denominado na teoria de campo, que não é um estado de um simples nada, mas contém a potencialidade para todas as formas do mundo das partículas, enquanto Freud, apesar da perda já estar colocada em alguns pontos, tem a física falando de partículas e da força entre essas partículas. O que ele tem para acentuar, é a divisão, e desta divisão trazer a libido para a psicanálise.

CONCLUSÃO - Na obra de Freud, existem duas teorias sobre as pulsões. Um dos pontos importantes deste trabalho é mostrar que cada uma dessas teorias utiliza um conceito diferente de pulsão. O que muda não é apenas a concepção sobre quais são as pulsões fundamentais mas também se altera a própria concepção do que é uma pulsão. Outro ponto importante é que a segunda teoria não substitui inteiramente a primeira, mas a engloba, com algumas alterações. Isto também é fonte de confusão, pois, a partir de 1920, o mesmo termo pode ser empregado em sentidos diferentes, segundo o contexto.
Sobre libido, imaginamos o termo ligado apenas na sexualidade. Com este estudo vi que libido é muito mais abrangente e constitui toda experiência de prazer, seja para nos relacionar com as pessoas, com nosso trabalho e com tudo que nos cerca. Fazemos tudo melhor, com mais energia, quando temos prazer no que estamos fazendo.

BIBLIOGRAFIA

FREUD, S. – Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completa de Sigmund Freud – Rio de Janeiro, Imago, 1996
- Projeto para uma Psicologia Cientifica, 1890
- Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, 1905
- Sobre o Narcisismo: uma introdução, 1914
- Pulsões e suas Vicissitudes, 1915
- Além do Principio do prazer, 1920
- O Ego e o Id, 1923
FREUD, S. 1915 – O Inconsciente – Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas, Vol. XIV – Rio de Janeiro, Imago, 1996
LACAN, Jacques Marie-Emílie – Escritos – Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 1998.
ROZA, Luiz Alfredo Garcia – Freud e o Inconsciente – Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 2005
ZIMERMAN, David E. – Fundamentos Psicanalíticos: teoria, técnica e clínica – Porto Alegre, Artmed, 1999
Algumas Considerações sobre o conceito de libido em Freud e Lacan - LETRA FREUDIANA -Ano XI – nº 10/11/12 págs. 272-275
FREUD. S. - Correspondência à Fliess – Rascunho E, vol. I. - Ed. Standard Brasileira, 1976.
https://psicologado.com/abordagens/psicanálise/introducao-ao-conceito-de-pulsao



Psicanalista Clínica Mariza Pizzi - CRPC/RJ 396/2018