quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cair no Espirito - 1

Segundo o portal IG a pastora e cantora Ana Paula Valadão seria um dos pivôs principais para o Bispo Edir Macedo ressuscitar a discussão que abriu sobre a doutrina do “cair no Espírito Santo” onde afirma que a prática, adotada por algumas igreja pentecostais, seria realizada devido a possessão demoníaca.
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O vídeo exibido no programa Domingo Espetacular do dia 13 de Novembro de 2011 atacou severamente a doutrina e da mesma forma foi atacado por diversos profissionais de jornalismo e evangélicos de diversas  denominações diferentes. 
A pastora mineira foi várias vezes retratada na matéria que comparou a prática do “cai-cai” ou “cair no espírito santo” às cenas de pessoas supostamente endemoniadas vistas nas “Reuniões de Descarrego” promovidas pela Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo. O próprio Bispo já havia atacado outras vezes a cantora em seus programas na internet e nas madrugadas da Record utilizando as mesmas acusações.
Ana Paula Valadão e o Diante do Trono, grupo que a cantora lidera, são junto com alguns padres católicos os artistas que mais vendem dentro do braço gospel da gravadora Som Livre, empresa do Grupo Globo que é a principal rival e alvo da grande maioria dos ataques da Record e do Bispo Macedo.
Além disso, a matéria do Domingo Espetacular foi exibida dias antes do programa “Troféu Promessas” da Globo onde Ana Paula Valadão será um dos principais nomes da noite já que com o Diante do Trono foi indicada a cinco categorias pelo recente álbum “Sol de Justiça”, também distribuido pela Som Livre.
O site IG ainda afirma que segundo fontes dentro da emissora de Edir Macedo, os ataques por parte do Bispo e da Record contra as igrejas pentecostais não devem parar.

Profissionais de jornalismo também contra

O conceituado jornalista James Akel, famoso por estar nos bastidores da TV brasileira a décadas, se mostrou indignado com o ataque do Bispo Edir Macedo e também falou sobre os motivos para que a cantora Ana Paula Valadão também seja listada como um dos pivôs da realização da polêmica matéria.
Em seu blog o jornalista do O Estado de São Paulo falou que a atitude é “inaceitável se estivéssemos falando de jornalismo” e classificou a reportagem como “agressão”, além de destacar que a reportagem não pode ser taxada como imparcial “pois o dono da emissora, Edir Macedo, já fez tais declarações contra a cantora”, afirma.
Abaixo você confere na integra um dos dois textos de repúdio que o jornalista publicou:
Usar-se o melhor programa da Record, Domingo Espetacular, para atacar uma cantora gospel, seria inaceitável se estivéssemos falando de jornalismo.
Mas parece que estamos falando de briga entre igrejas onde uma decidiu atacar frontalmente a outra usando sua arma mais potente que é o maior ibope da Record no Domingo Espetacular.
E o motivo de se atacar uma cantora gospel por algo que ela faz, que seria uma forma diferente de demonstrar sua religião, nos deixa mais estarrecidos por ver que o grande mal cometido pela cantora foi ter seu selo da Globo na capa de seus discos.
Usar o maior ibope da emissora para atacar alguém era comum nos anos 60 da TV Tupi, quando o dono Chateaubriand chantageava milionários para comprar obras de arte para o MASP e atacava ferozmente na TV os que não lhe dessem o dinheiro necessário para as compras, mas até interrompia programação para elogiar os que dessem o dinheiro.
Ou, no sentido inverso, me lembra a Globo que nunca descobria onde era o Araguaia de massacres militares por estar sob o manto financeiro da ditadura militar.
E vemos agora uma Record, que sempre atacou a Globo por seu modo de agir imperialista, tentar usar as mesmas técnicas para agredir uma simples cantora.
É uma agressão, sim, pois o dono da emissora, Edir Macedo, já fez tais declarações contra a cantora.
Dizer que é apenas uma reportagem seria imparcial se o dono não se tivesse declarado antes.
Tem muito mais.
A cúpula da Igreja Universal teria detectado na cantora um grande ídolo futuro de novo polo religioso, fora dos domínios da Igreja de Edir.
O melhor, segundo a cúpula, seria desqualificar no ar, para o Brasil, a tal cantora, evitando mais fuga de fiéis da Igreja, que está preocupadíssima com isto.
A estratégia de Edir Macedo mostra-se a cada dia mais ineficaz.
E seu comando mostra que está no caminho errado.
As consequências disto são as reduções na arrecadação da Igreja e a baixa no ibope da única coisa que dá ibope de primeira na Record que é o jornalismo.
Em toda emissora jornalismo representa a credibilidade da emissora.
Quando o jornalismo tem ibope alto, a credibilidade é alta.
Quando tem ibope baixo, a credibilidade é baixa.
Vamos dizer que falta estratégia de marketing da Igreja e também da emissora.
Vejam que coisa engraçada e vão dizer que uma coisa nada tem a ver com a outra.
O declínio da TV Record começou exatamente, e coincidentemente, quando Honorilton Gonçalves decidiu demitir todo mundo da rádio e literalmente acabou com a imagem que ainda restava, antiga, da rádio Record.
Os espertos que acham que entendem de televisão na Record, vão dizer que uma coisa nada tem a ver com a outra.
Mas os que silenciam na Record e entendem de metafísica, saberão do que estou falando.
Nem o Diante do Trono e nem Ana Paula Valadão quiseram se pronunciar sobre o ocorrido.

Fonte: Gospel+

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